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TRUMP NÃO PAGOU PRA VER

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Jackson Vasconcelos – 22 de junho de 2025

A verdade é que Donald Trump não pagou pra ver. Franklin Delano Rooselvelt pagou! Ele esperou a ofensiva dos japoneses em Pearl Harbor, para levar os Estados Unidos à guerra, apesar dos apelos de Churchill. A história conta que Roosevelt não levava as ponderações de Churchill a sério. 

É fato também que os tempos hoje são outros e o risco de uma espera bem maior, a ponto de, admite-se, Israel ser completamente aniquilado e o terror voltar com força total contra a paz. Busquei na minha estante, assim que eu soube da atitude do Presidente Donald Trump, tomei conhecimento dos agradecimentos do Netanyahu a ele, o livro de Carl Clausewitz, “Da Guerra”, que li como parte de minha formação em estratégia. 

O matemático Anatole Rapoport assina o prefácio, que é, na verdade, uma brilhante resenha do livro. Anatole abre o texto com as considerações sobre Clausewitz presentes na obra “A história do Estado-Maior alemão”, do escritor Walter Goerlitz, que considerou Clausewitz um filósofo da guerra. E, sendo assim, o livro “Da Guerra” recebe do prefaciador, a classificação de um trabalho de filosofia da guerra. 

Anatole Rapoport escreveu ainda: “Clausewitz encara a guerra como um instrumento racional de política nacional. As palavras “racional”, “instrumento” e “nacional” são os conceitos-chave do seu paradigma. Nessa ordem de ideias, a decisão de empreender a guerra “deveria” ser racional, no sentido de que deveria ser baseada numa avaliação de custos e lucros da guerra. A seguir, a guerra “deveria” ser instrumental, isto é, deveria ser empreendida com vista a alcançar um objetivo, e nunca por si própria; é no mesmo sentido que tanto a estratégia como as táticas devem ser dirigidas para um só fim, particularmente, para a vitória. Por último, a guerra “deveria” ser nacional, para que o seu objetivo fosse a satisfação dos interesses de um Estado nacional e para que se justifique que todo o esforço de uma nação seja mobilizado a serviço do objetivo militar.”

Clausewitz define a guerra, “um ato de violência destinado a forçar o adversário a submeter-se à nossa vontade. Para defrontar a violência, a violência mune-se com as invenções das artes e das ciências…” O livro é denso, tem mil páginas de aula de estratégia para a guerra, mas com conceitos e observações que dá para adaptar às ações na política. 

Por isso, para mim, as considerações mais ricas estão nos capítulos sobre “A defesa” e “O ataque”. Vejam se não. Diz Clausewitz sobre a defesa: “O conceito de defesa é a parada; e a parada supõe uma expectativa, e designamos esta expectativa como característica principal da defesa, ao mesmo tempo sua principal vantagem”. 

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