A edição de dezembro da revista Exame comentou as “23 ideias para 2023. Na 11a posição está “o dilema do engajamento” e surge os termos em inglês, quiet quitting e quiet quitter. A matéria explica: “Se houvesse um dicionário Oxford sobre a área de recursos humanos, muito provavelmente a palavra do ano seria quiet quitting. O termo, que traduzido do inglês significa “demissão silenciosa” e etc…
Ao fim da matéria há a receita para o quiet quitting, onde o ambiente de trabalho tóxico representa 66% dos motivos de desmotivação de quem trabalha nas empresas. A insatisfação salarial segue depois com 43% e a falta de perspectiva de crescimento com 40%. O assédio moral ou sexual responde por 30%. Há ainda a liderança ruim, o volume de trabalho excessivo e metas irreais como causa da desmotivação.
O estudo está amarrado no setor privado. Que tal buscar as causas da desmotivação no setor público? O quiet quitting e aproveitar para saber quem está desmotivado? A minha experiência com essa área durante muitos anos me dá segurança para arriscar que a falta de perspectiva de crescimento e assédio estarão no topo do lista, provocados pela existência dos cargos de confiança que premiam bajuladores e sacrificam quem não está disposto a puxar o saco dos chefes políticos.