fbpx

NENHUMA VITÓRIA É DEFINITIVA

Compartilhe!

Todo ser inteligente deveria adotar como guia a expressão “nenhuma vitória é definitiva” do filósofo francês Marc Sautet. Os eleitos pelo povo para representá-lo deveriam tê-la como sentença. Ela está no livro “Um Café para Sócrates”, um tratado de filosofia. Marc Sautet relata as experiências dele no lidar com a filosofia como meio de vida.

No livro, a frase que eu utilizo como título desse artigo se completa com outra enunciação: “Nenhuma perda é irreparável”. Somadas, temos, então, a sentença completa: “Nenhuma perda é irreparável; nenhuma vitória é definitiva”. Marc Sautet, um sujeito brilhante, morreu jovem com 51 anos de idade, fato que joga por terra a inicial da sentença, quando a vida está em jogo. Afinal, sabe-se que todo ser humano, ao morrer, torna-se uma perda irreparável, se não para o mundo, como é o caso de Marc, pelo menos para alguém.

Ocorre que a política é o assunto aqui e nela, a expressão completa faz todo o sentido. Vejam vocês. Saímos há pouco de um novo tempo de campanhas eleitorais, com resultados que apontaram vencedores e vencidos. Para os vencidos, a primeira parte da sentença de Sautet é um fato real: “Nenhuma perda é irreparável”, basta que se tire lições da derrota e, sem paixão ou mágoas, faça-se leitura dos erros e acertos, das oportunidades perdidas e das ameaças não consideradas e também do que se deixou de aproveitar das conquistas do longo da vida.

Para os vencedores, é tempo de tomar como base a segunda parte da sentença de Marc Sautet, “nenhuma vitória é definitiva”. Se os eleitos permanecerem guardiões da confiança do povo durante o exercício do mandato, a vitória será definitiva e abrirá espaço para outras tantas. Contudo, é preciso estar atento para uma situação bem comum ao exercício dos mandatos. Ele é cheio de surpresas e as expectativas criadas pelos discursos proferidos nas disputas podem estar longe das condições que precisam os eleitos para atendê-las. De certo modo, o povo, ao votar, sabe disso. Então, o grau de confiança do povo nos eleitos não se dá, unicamente, pelo cumprimento das promessas, mas pelo conhecimento que o povo terá das dificuldades e da disposição dos eleitos para ultrapassá-las. Nesse momento, a comunicação entre eleitos e eleitores é fundamental tendo por base a verdade, exclusivamente, a verdade comunicada de modo eficaz.

Mais Publicações

Uncategorized

“ISTO DE POLÍTICA, MEU CARO…”

Hoje, 08 de janeiro de 2025, completam-se dois anos da ocorrência da invasão das sedes dos Três Poderes da República pela multidão de eleitores de

Livros

MANUAL PARA O BOM ELEITOR! 

Perceba que nem bem saímos da campanha eleitoral de 2024 e já há quem se movimente para as campanhas de 26. Diante disso, indico aos

Quer aprender mais sobre política?

Conheça nosso curso.