Chegamos ao dia 2 de outubro de 2022. Os eleitores de Jair Bolsonaro e de Lula estavam convictos de uma vitória no primeiro turno. Os de Jair Bolsonaro acharam impossível o povo ter esquecido o que foram os governos Lula e Dilma. Os do Lula estavam convencidos do sucesso da imagem negativa obtida por Jair Bolsonaro durante a pandemia e certos da vantagem obtida por Lula com as peripécias do Sérgio Moro. Ao deixar a toga para assumir a cadeira de ministro no governo de Bolsonaro, Moro autorizou a dúvida de bastante gente sobre a honestidade do processo que levou Lula à prisão. Os candidatos chamados de “terceira via”, como previsto, evaporaram. Somados os resultados de todos, o percentual de votos ficou em 8,37%. Serviram, tão somente, para garantir o segundo turno, já que Lula chegou com 48,43% dos votos e Jair Bolsonaro com 43,20%. Em 2021, escrevi sobre a impossibilidade, quando analisei a candidatura de João Amoedo: https://www.jacksonvasconcelos.com/terceira-via-tem-isso-mesmo/
Como será em 2026? Os adivinhos já estão na praça. É a turma que faz pesquisa. Eita turma danada! Como o último serviço dela é fazer pesquisas para eleições, mal acabada uma, eles começam a jogar resultados nas ruas. Jair Bolsonaro venceria Lula? Para vencer, ele depende de uma decisão jurídica que lhe devolva a elegibilidade. Lula venceria? Quem sabe? Os eleitores responderão quantas vezes forem perguntados sobre a intenção de votos, mas estão cuidando de outros assuntos, alguns essenciais para a sobrevivência pessoal. Mas, um fato é fácil prever: novamente não haverá um terceiro candidato competitivo. Quem, além de Bolsonaro ou Lula ou dos que venham a representá-los, quiser disputar, terá a difícil tarefa de posicionar-se num dos polos. E de uma coisa todos podem estar certos: a eleição de Donald Trump influenciará a escolha dos eleitores brasileiros. Uns irão às urnas com a esperança de terem alguém parecido por aqui e outros com o desejo de fugir dele. Trump, portanto, será a opção de todos, uns pelo aplauso outros pela rejeição.