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DEU RUIM! BEM FEITO

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“O Estado exaure a sociedade, não só de sua riqueza como também de iniciativa, de energia, de vontade de melhorar e inovar, bem como de preservar o que é melhor.” Senhora Thatcher, 

Bem feito! Jair Bolsonaro plantou o que está colhendo. É bíblico! Dei-lhe o meu voto para presidente em 2018, confiado na promessa que ele fez de reduzir o grau de interferência do Estado na vida das pessoas. Paulo Guedes tentou. Ricardo Vélez também: Bebiano e Salim Mattar, idem. Um a um, Jair Bolsonaro esvaziou – todos. 

Ele teve duas oportunidades de ouro para inserir dois votos num colegiado de 11 e poderia ter escolhido quem tivesse poder de argumentar e visibilidade para travar exageros. Escolheu os nomes menos indicados, por vaidade e para afrontar. Tentou jogar no colo de Deus as escolhas. Deus faz escolhas melhores. 

Hoje, Bolsonaro se diz melhor do que Lula. Ora, qualquer um seria e poderá ser. Eu não votei nele para que ele fosse melhor que o Lula. Votei para que ele reduzisse os instrumentos de poder do Estado a ponto de evitar que a estrutura pudesse ser usada, novamente, como foi até a chegada dele. Ele cagou para o que eu e milhares avisamos que queríamos quando votamos nele. 

Votar é uma atividade de risco. É assim no mundo todo, mas no Brasil é de alto risco, pois os candidatos nos são impostos por um sistema que dá aos partidos autorização exclusiva para escolhê-los. E os partidos? Deus do céu, que coisa horrível eles são. Que monstros se tornaram! Eles não eram assim, nem mesmo no tempo difícil  da ditadura dos generais. 

Eu busco, desde os meus dezoito anos, candidatos que garantam que tomarão medidas para reduzir a influência dos agentes do Estado na vida das pessoas, pois sei que essa influência é perniciosa. É pecado capital! Até tenho encontrado quem prometa, mas todos me decepcionam. 

Uma vez por todas, gente. É preciso diminuir a influência que os agentes públicos exercem sobre a população brasileira se quisermos sair da calamidade econômica e social em que nos encontramos desde a proclamação da república. Estou certo disso. Absolutamente certo, sustentado pelos repetidos insucessos dos governos. Eu fiz parte da máquina pública muitas vezes e sei o grau de arrogância, ignorância e maldade que há nela. Assim como não gosto do Estado Brasileiro como ele é, estou convicto de que a saída é pelo voto, mas o voto para ser remédio precisa de um bom médico, que na política, a gente chama de líder.  Cadê? Onde estão os que podem ocupar esse papel? 

A dificuldade para escolher candidatos contra o Estado é grande, já que a política brasileira está infestada com gente que prefere o Estado que temos, por interesses pessoais – a grande maioria – e por estúpida ideologia. Estúpida sim, pois os países que optaram por esse caminho deram com os burros n’água. E nem precisamos atravessar os oceanos, porque, por aqui, está mais do que provado que o modelo de um Estado enorme e pesado leva sofrimento ao povo, enquanto dá aos agentes do Estado privilégios de toda sorte e tudo o que é bom, sem que eles precisem fazer esforço.  Nós pagamos as contas das despesas que eles fazem. E a gente não tem outro meio para pagar as contas a não ser com o nosso trabalho e patrimônio. Eles, portanto, sem dó nem piedade, com unhas afiadas nos tiram o que temos. Ficam com o filé e nós com o osso. 

É fato que há dois tipos de agentes do Estado: aqueles mais parecidos com o povo – policiais, professores, garis, médicos, engenheiros e semelhantes e aqueles idênticos aos marajás. Gente que não trabalha ou trabalha pouco e recebe muito. 

Eita! Ao pensar nos marajás, viajo de volta aos dias 15 de novembro e 17 de dezembro de 1989, quando votei pela primeira vez num candidato à Presidência da República. E até trabalhei para que ele fosse eleito. Eu e todos os brasileiros da minha geração votamos pela primeira vez, pois a última eleição direta para presidente ocorreu em 1960, antes do golpe de 64. Em 1960, eu estava com 7 anos de idade. Meus pais votaram no Jânio e a História conta o resto. 

Votei em Fernando Collor, entusiasmado pelo discurso que ele fez a favor da redução do Estado e modernização do pedaço que sobrasse. Eleito, Collor usou os instrumentos que o Estado lhe deu para intervir na economia popular de uma maneira tão brutal, que provocou falências e suicídios. Fez pior do que o principal adversário dele faria se eleito. Lula não teria coragem. Sarney congelou preços e Collor congelou depósitos e arruinou patrimônios. 

Jair Bolsonaro está tendo o que merece. Talvez até um pouco menos, pois, sem inocência, tem levado uma multidão à desgraça, por ter deixado atrás dele um Estado pernicioso, hoje mais pernicioso do que o que ele encontrou quando, com o meu voto, lá chegou. Ele, por arrogância, perdeu a eleição em 2022 e após o resultado deu uma de mané: deixou o povo pressionar para que, se a pressão vencesse a razão, ele voltasse nos braços do povo, como Jânio sonhou que poderia fazer quando renunciou. O povo deu uma banana para Jânio. Se o povo fizer o mesmo agora para Bolsonaro, talvez a gente volte a ter paz para encontrar o caminho que coloque o Estado no lugar que lhe é devido: de servidor público. 

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