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Bom humor vence eleição?

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marcelo-freixoHá um velho conselho que, com vírgula adicionada, ajuda argumentar. “Quem canta seus males espanta” , para dizer que a música afasta as coisas ruins. Mas, quem canta seus males, também espanta, para dizer que ninguém gosta de ter ao lado alguém que esteja permanentemente de mau humor. Só os chatos vencem os mal-humorados.  

A turma do PSOL deveria seguir o conselho popular e deixar o mau humor de lado, pelo menos no tempo das campanhas eleitorais. Eta, partidozinho de gente mal-humorada!  Gente que passa a ideia de ter raiva de tudo e de todos. Para essa gente, tempo longo na TV é veneno.  

A candidata do PSOL em Porto Alegre, Luciana Genro, chegou em quarto lugar no primeiro turno. Reclamou que lhe faltou tempo de TV. Mas, no Rio de Janeiro, o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, com o mesmo tempo, foi ao segundo turno. O que houve, então?

Em Porto Alegre o mau humor da Luciana Genro não teve concorrente. No Rio, Marcelo Freixo teve Jandira Feghali e, além disso, conseguiu, por milagre, passar todo o primeiro turno sem destilar a raiva inerente ao partido.  

No segundo turno, no entanto, Marcelo Freixo, sem concorrência, abusou do mau humor, da cara fechada, da crítica chata e isso tudo com 20 minutos de exposição na TV. Deu no que deu.

E, eu não poderia terminar esse texto sem lembrar Heloísa Helena, na campanha presidencial de 2006. E, para confirmar que os mal-humorados só não perdem para os chatos. Lembro que a Heloísa Helena chegou em terceiro numa campanha com quatro candidatos. O quarto? O chatíssimo Cristóvam Buarque.  

Por Jackson Vasconcelos

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