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A VOZ DO POVO E A VOZ DE DEUS

Se há um ditado que contraria tudo o que se observa no mundo, esse ditado é “ A voz do povo é a voz de Deus”. Antes fosse. 

Hoje, dia em que escrevo este artigo, é dedicado à memória da crucificação e morte de Jesus Cristo, resultado de um julgamento com base em leis elaboradas pelos tiranos de então, e repletas de hipocrisia. O juiz, um covarde de nome Pilatos, deixou com o povo a decisão sobre quem deveria ser anistiado e retirado da prisão e quem deveria ser crucificado. O povo escolheu crucificar Jesus Cristo. O crime? Nenhum, isso dito pelo próprio juiz. Acusação? Jesus afirmar-se filho de Deus. Contudo, quem não acreditou que seria, ouviu a confirmação do próprio Deus no momento da crucificação e a reafirmação com a vitória de Cristo sobre a morte, momento que será relembrado no domingo. 

Portanto, no julgamento e condenação de Cristo a voz do povo não foi a voz de Deus. Como também não o é, quando o povo escolhe os governantes, ao contrário do que muitos dos escolhidos afirmam com ares de convicção. Houve sim um tempo na vida do povo de Israel em que Deus escolheu e o povo chancelou. Assim foi com Saul e com Davi. É o que está dito nas Sagradas Escrituras. 

Entretanto, há pelo mundo quem também se considera escolhido por Deus para liderar um povo. Vamos à primeira  carta de Paulo aos Coríntios para saber o que nisso tudo importa:  

“Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?

Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.

Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento…”

Portanto, pertinente  é saber que Deus é Deus e que Jesus Cristo é filho Dele. Diante disso, há quem se considere também filho de Deus e, portanto, irmão de Cristo. Sobre isso, Cristo afirma: “Ouvistes o que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus…”  

Que Deus nos abençoe. Dele estamos a precisar demais neste tempo em que muitos se julgam deuses ou ungidos pelo único verdadeiro. 

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PARA O INFERNO!

Eu entrego mais de 30% do produto do meu trabalho aos agentes do Estado Brasileiro. Se eu não fizer isso, terei enormes dores de cabeça e mesmo que eu preferisse as dores de cabeça, não teria liberdade para escolher. Os agentes do Estado tomam na fonte o que decidiram ser devido a eles. Arrancam na origem da minha atividade econômica. 

Para quê tanto dinheiro? Sei lá, pois dos agentes do Estado quase nada recebo seja em serviços seja em produtos. É, portanto, dinheiro que dou por perdido. Como estamos numa semana em que os olhos do mundo voltam-se para Cristo, vou à parábola dos talentos, que me parece ilustrar bem a relação dos agentes do Estado com o povo brasileiro. Mateus registrou-a melhor do que Lucas. 

“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou-os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.  E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebeu dois, granjeou também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez conta com eles. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. E o seu senhor lhe disse: Bem está, meu servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entre no gozo do teu senhor. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 

Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeastes e ajuntas onde não espalhaste. Atemorizado, escondi na terra o teu talento, aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo, sabias que ceifo onde não semeei e junto  onde não espalhei? Devia então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe o talento, e dai-o ao que tem dez talentos…” 

Se o Senhor não perdoou quem lhe devolveu o que recebeu, imagina se perdoará quem não devolve se quer o que recebeu para cuidar…Os agentes do  Estado, de qualquer Estado, devolvem aos contribuintes menos do que o que receberam para cuidar. Qual deveria ser o castigo deles? 

O INFERNO ! 

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RUY E O ÓDIO DELE POR BOLSONARO

Ruy Castro não quer que Jair Bolsonaro morra; quer vê-lo sofrer. Ruy quer vingança. Ruy quer tortura. Quem sabe, Ruy deseja que Jair Bolsonaro sinta um pouco as dores causadas pelo Brilhante Ustra, ídolo de toda a família Bolsonaro. É a conclusão fácil que se tem do artigo publicado por Ruy Castro na Folha de São Paulo, na edição de hoje, 25 de abril de 2005. 

Pode ser, contudo, que eu esteja exagerando ou errando na interpretação do artigo. Então, eu o reproduzo para que você, que me lê, se não conhece o texto do Ruy, julgue por você mesmo. 

Antes, apresento-lhe Ruy Castro. Não pelo fato de ele ser, de você, desconhecido. Isso é impossível. Eu o apresento pela oportunidade de opinar sobre a biografia dele. Ruy Castro é um bom jornalista. Não dos melhores. É biógrafo e nessa arte se sai melhor e para provar estão aí, à venda, o Anjo Pornográfico, sobre Nelson Rodrigues; a Estrela Solitária, sobre Garrincha e “O Ouvidor do Brasil”, que bastante gente toma como biografia e é, na verdade, uma coletânea de textos sobre Tom Jobim, nos momentos em que Tom “está longe do piano”, como define a obra o próprio Ruy. Há também o “Vermelho e o Negro”, que o bom publicitário Ruy Castro, criou para escrever sobre o Flamengo aproveitando-se da obra magnífica do grande Stendhal. 

Agora sim, eis o “Longa vida a Bolsonaro” de Ruy Castro: 

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“QUEM DÁ MAIS? QUEM DÁ MAIS?”

Na eleição do ano passado, o povo brasileiro votou para escolher prefeitos e vereadores. Houve denúncias de compra de votos e como alguém comprou votos, houve quem os vendesse. A que preço?  Eu ouvi dizer que variou entre 50 e 200 reais e soube de eleitores que venderam o mesmo voto várias vezes. Certamente, nenhum candidato teve certeza de ter comprado e ter recebido (o voto é secreto), uma vez que tem gente nesse país capaz de dar a volta em malandros do melhor calibre. 

Agora, sobre o mesmo assunto, vejam que situação curiosa e trágica, para todos e cômica para quem tem bom-humor: os eleitores brasileiros pagaram aos partidos e, no fim da linha, aos candidatos, o valor total de 4,9 bilhões de reais, quantia transferida dos impostos para o Fundo Eleitoral aplicado em 2024. Pois bem. Façamos a conta. O Brasil tem 155 milhões de eleitores. Portanto, ao valor de 4,9 bilhões de reais, cada eleitor pagou R$31,61 pelo voto. Sendo assim, quem vendeu o voto recebeu o que pagou por ele. Quem o vendeu a um valor maior do que 31,61 obteve um bom lucro. Quem vendeu várias vezes, ganhou na loteria. Mas, peraí. Vender o voto não é crime? Sim. Pagar por ele também não é? Não será crime se o pagamento for via Fundo Eleitoral. 

Resta-nos uma certeza. A democracia é um fruto da cultura de um povo e não da política. 

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NIXON – CALOTE. TRUMP -TARIFAÇO 

O discurso de Donald Trump no anúncio do tarifaço aproxima-se do discurso que Richard Nixon fez quando suspendeu a paridade entre o ouro e o dólar. Nixon e Trump adotaram posição de defesa dos interesses dos Estados Unidos acima dos interesses dos demais países. 

Disse Nixon: “Vamos defender o dólar contra os especuladores. Vamos suspender, temporariamente, a conversão do dólar em ouro. Estamos fazendo isso para preservar a estabilidade econômica e os melhores interesses dos Estados Unidos.” Em resumo: O que assinamos em Bretton Woods há 30 anos, não vale mais, pois eu decidi assim. O mundo entubou. 

Disse Trump sobre o tarifaço: “Vamos cuidar do nosso povo em primeiro lugar.”  Ou seja: o que combinamos até aqui, não vale mais, pois eu decidi assim. 

Os Estados Unidos têm tamanho, economia e importância para impor ao mundo o que bem entendem. Mas, o ponto limite está na dependência que os Estados Unidos têm de muita coisa que o resto do mundo produz e vende para os Estados Unidos. Será que Donald Trump não sabe disso? Sabe. Ele deu um soco na mesa, mas não saiu da sala. Ele é bom negociador e encontrará o ponto de equilíbrio. E enquanto isso, ele deixa claro para os seus eleitores, que eles são as pessoas mais importantes do mundo. 

Aguardemos. 

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DISCURSO DE BOLSONARO NA PAULISTA EM 06 DE ABRIL DE 2025

Domingo, 6 de abril de 2025. Avenida Paulista. São Paulo. Com a palavra, o ex-presidente Jair Bolsonaro: 

“Minha paulista; meu Brasil, boa tarde! Meus cumprimentos a todos vocês, que dedicaram este domingo pra aqui comparecer para lutar por aquilo que eu acho que é mais importante que a própria vida. É a nossa liberdade. O homem ou a mulher sem liberdade não vive. 

Na semana passada, neste mesmo local, um evento patrocinado pela esquerda, PT/PSOL (vaias). O que eles vieram pedir aqui? Vieram falar contra a anistia e pela prisão de Bolsonaro. Quanto à anistia…Eles já perderam essa guerra. A grande maioria do povo brasileiro entende as injustiças e agora se socorre da nossa Câmara Federal, do Senado Federal, para fazer Justiça. E a anistia é competência privativa do Congresso Nacional. Caso eles votem um projeto e seja sancionado ou promulgado no caso de um veto…vale a anistia. 

Nós estamos aqui, em grande parte, impulsionados pelo episódio da Débora. Eu peço aqui a mãe da Débora, aqui presente, a missionária Fátima e sua irmã Cláudia, a comparecerem aqui. Se a missionária chora pela ausência da filha de 39 anos, imagine o quão chora a Débora por seus dois filhos de 10 e sete anos de idade. Você mãe, imagine, por 2 anos, dormir e acordar sem o calor de seus filhos ao seu lado. Débora foi para domiciliar, mas já tem dois votos no Supremo, Alexandre de Moraes e Flávio Dino para condená-la a 14 anos de prisão. 

Eu não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena tão absurda por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata pra falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe militar. E condena essas pessoas, como diz no jargão da Justiça, de passeada, de bolo. E olhem só o que está acontecendo no Supremo no dia de hoje, apesar de domingo. Eles já formaram maioria para condenar a uma pena absurda um pipoqueiro e um sorveteiro, por golpe de Estado armado. É inacreditável o que acontece. Eu não falo inglês, uma grande falha da minha formação. Mas quero dar um recado aqui pro mundo e depois eu faço a tradução para vocês (leu em inglès) …ou seja, cometer sorveteiro e pipoqueiro dando golpe de Estado no Brasil. É uma vergonha. Condenar mais esses dois por um crime que não existiu. 

Me acusam de golpe de Estado. Segundo a Polícia Federal do Alexandre de Moraes, do Fábio Shor, que começou em julho de 21, numa live…”Você começou a dar um golpe de Estado numa live”.  Agora vamos ver. Vamos falar. Quem deu o golpe em outubro de 22? Quem tirou o Lula da cadeia? Foi um CEP errado. Um cara condenado em três instâncias, por corrupção, lavagem de dinheiro, é tirado da cadeia. Quem descondenou o Lula, para ele fugir da Lei da Ficha Limpa e se tornar candidato? Os mesmos. 

E o golpe? O que mais eles fizeram para colocar o Lula lá? Vou falar algumas coisas aqui. Eu não pude mostrar durante a propaganda eleitoral de 22, o Lula falando que era legal roubar celular, porque os vagabundos queriam apenas tomar uma cervejinha. Eu não pude botar imagem do Lula defendendo o aborto. Não pude mostrar imagens do Sete de Setembro. As imagens dele ao lado de ditadores como Ortega, Maduro, Ahmadinejad e outros. Não pude mostrá-lo no Morro do Alemão sendo recebido por traficantes. 

Quando eu me reuni com embaixadores me tornaram inelegível. Não pude mostrar imagens discursando na Câmara, o enterro da Rainha…Eles derrubaram páginas, criaram resoluções fora do tempo legal, para perseguir a Direita. Fizeram a campanha para menores tirarem título de eleitor. E essa faixa etária 75% vota na esquerda. Foram mais de 4 milhões de títulos. E mais…Poderia ser a “pá de cal”. Por ocasião da diplomação do Lula, o então ministro Benedito, baixa e cochicha para Alexandre de Moraes, com os microfones abertos: “missão dada é missão cumprida.” 

Quem deu o golpe em 22? Quem pesou a mão por ocasião das eleições? Sem falar em outras possibilidades. O golpe foi dado. Tanto é que o candidato deles está lá. Alguns deles falaram que interferiram sim, mas foi para o bem da democracia. Ora, se o Alexandre de Moraes  salvou a democracia no Brasil; se ele evitou que uma ditadura fosse instalada aqui… por que ele viaja de avião particular, melhor dizendo, de avião da FAB para assistir Palmeiras e Corinthians em São Paulo? Ele tinha que viajar como eu faço de avião de carreira para ser aplaudido. 

Nós sabíamos o que daria esse governo. Tanto é que no dia 2 de novembro, numa coletiva minha em Brasília, ficou marcada pelo seu início, quando eu disse: vão sentir saudades da gente. O Brasil estava voando. Somando a informalidade no pleno emprego, terminamos 22 com 54 bilhões em caixa. Criamos o PIX. O Tarcísio fez barbaridades com os seus parcos recursos. Tínhamos negócios com o mundo todo, o nosso agro estava no teto. A nossa equipe econômica era fantástica. Botamos o Brasil no lugar de destaque, que ele sempre mereceu. 

Mas, a interferência, a mão pesada fez mudar o resultado final das eleições. Nós sabíamos o que estávamos fazendo. Lamentavelmente, a pressão foi enorme, inclusive de fora do Brasil. Mas, nós temos esperança. O movimento aqui hoje é pela anistia; pela liberdade das pessoas de bem, mães, pais, irmãos, avós. Pessoas que nunca pegaram em armas na sua vida. Tanto é que entre os condenados e estão respondendo processos, não achei ninguém com qualquer passagem pela polícia. E digo a vocês: o golpe deles só não foi perfeito, porque no dia 30 de dezembro de 22, eu saí do Brasil. Algo me avisou (aponta para o céu) que alguma coisa ia acontecer. Se eu tivesse no Brasil, seria preso na noite de 8 de janeiro e estaria apodrecendo na cadeia até hoje ou quem sabe assassinado por esses mesmos que colocaram aquele vagabundo na presidência. 

Eu sempre peço a Deus força para resistir, sabedoria para decidir. Nós temos como sair dessa. No ano que vem o TSE terá o perfil completamente de isenção e poderemos voltar a confiar nas eleições no ano que vem. 

O atual sistema busca, cada vez mais, tirar da cédula eleitoral do ano que vem, as lideranças de Direita. O Caiado está aqui inelegível, vai recuperar a elegibilidade se Deus quiser. Eu estou inelegível, porque me reuni com embaixadores. Eu não me reuni com traficantes no Morro do Alemão, como Lula fez. Dizem que eu sou golpista, por que o Flávio Dino, então, Ministro da Justiça, sumiu com as fitas do que acontecia na Esplanada? Se o golpe é meu…mostre as fitas. Eu tenho esperança no meu Brasil, porque acredito no povo e em Deus. Nós temos como sair dessa situação. Não se preocupem comigo. Covardia pode acontecer amanhã cedo, afinal de contas tem certas pessoas que só sobrevivem fazendo covardia com as outras pessoas. 

Tenho esperança também que de fora venha alguma coisa para cá. Hoje faltou um filho meu aqui. O zero três. Fala inglês, fala espanhol, fala árabe…tem contatos com pessoas importantes do mundo todo. Está lá nos Estados Unidos. Daqui a duas semanas ou dez dias, a Justiça Americana começa a investigar o caso Felipe G. Martins. Aquele que foi acusado…aquele que foi acusado pelo Fábio Shor e pelo seu chefe, de ter fugido do Brasil no dia 30 de dezembro no avião presidencial, no qual eu fui para Orlando. 

Ora, prenderam o cara por seis meses e convocaram várias vezes para depor na Polícia Federal, até para depor sobre a importunação de Baleia. Por que não me convocaram para perguntar se o Felipe Martins estava ou não no meu vôo? Chantagearam um Tenente-Coronel do Exército, ameaçando de prender, pai, esposa e filha. Fizeram uma delação com ele, modificada várias vezes. Por que não perguntaram pra ele se Felipe Martins estava no voo presidencial, já que esse Coronel estava comigo no mesmo voo? 

Queriam, obviamente, ou achavam que prendendo o garoto Felipe, em poucas semanas ele faria uma delação sob medida dessa parte da PF de Alexandre de Moraes. Não conseguiram. O que eles querem é me prender. Como disse, a semana passada…tava aqui a esquerda. Querem me prender por quê? Acharam dinheiro na minha cueca? Acharam dinheiro em algum apartamento meu por aí? Roubei a Petrobrás? Assaltei o Fundo de Pensão dos Correios? Eu não sou igual a eles. A grande revolta deles, que levantam tudo sobre a minha vida e não acha um só desvio de conduta. Essa semana arquivaram mais um processo. Que eu teria comprado 100 imóveis no Vale do Ribeira de 90 até agora. Narrativas! Mentiras! Covardia! A mesma coisa, o cartão de vacina. Arquivado! A mesma coisa, os presentes ! O TCU disse que o presente, independentemente dos seus valores, pertence ao respectivo ex-presidente da república. 

Na verdade, eles não querem a mim, Jair Bolsonaro, eles querem é vocês. Eu estou no caminho deles. Se acham que eu vou desistir,que eu vou fugir, estão enganados. Eu fiz um juramento, e eu cumpro. Defender a minha pátria com o sacrifício da própria vida. O que os canalhas querem não é prender de verdade. Eles querem me matar, porque eu sou um espinho na garganta deles. Eu mostrei a vocês que o Brasil tem jeito. Um caipira do Vale do Ribeira, chegou na presidência. Só Deus para explicar como. Montamos um ministério de qualidade. Tanto é verdade, que temos aqui, um dos meus ministros que é governador de São Paulo. Um cara competente, decente, honesto. Assim foi com quase todo o meu ministério. Como Rogério Marinho, entre outros que estão aqui. 

Mostrando para vocês as entranhas do Poder. Mostramos o que eram os tribunais, o que era o Poder Executivo; como funciona o Legislativo. Pegamos estatais com prejuízos bilionários. Entregamos com lucros bilionários, Os bancos oficiais eram uma festa. Cada facção dominava uma diretoria. 

Fizemos aquilo. Não pude dizer que por virtude, mas por obrigação de tratar a coisa pública, da forma como ela tem que ser tratada. Não me arrependo do que aconteceu comigo, que tomei alguma decisão equivocada, não foi por má fé. Foi por vontade de acertar. Foi por querer fazer do seu país, realmente, uma grande nação. Hoje temos um presidente que defende terrorista do Hamas, defende ditadores, como Maduro e Ortega, um presidente que não respeita as mulheres. Só fala aquilo que não faz bem à nossa nação. 

Tenho esperança – apesar de saber quem vai me julgar – que nós podemos mudar esse quadro; mudando esse quadro…eu sempre tenho dito por aí…me deem 50% da Câmara e 50% do Senado, que eu mudo o destino do Brasil. Os outros 50% ficam para os partidos dos governadores que estavam aqui. Nós temos como, dentro das quatro linhas, um Senado forte. Não para perseguir, mas para mostrar, para qualquer um que queira extrapolar, que assim fizer, vai responder no Tribunal do Senado Federal. Bukele fez o mesmo em El Salvador. Podemos fazer o mesmo aqui. 

Graças a Deus, Donald Trump se elegeu nos Estados Unidos. Eu só tenho gratidão a ele pelos dois anos que ficamos juntos nas nossas respectivas presidências.  O Brasil voltará a ser um país respeitado. O Brasil, com o seu potencial, fará de todos nós um povo melhor. Mais rico e mais feliz. Eu acredito no meu Brasil. Nós acreditamos no Brasil. Não vamos desistir. Jogar a toalha. Pendurar a chuteira. Não existe em nosso meio.  

A luta, repito, é pela liberdade dessas pobres pessoas, que estão condenadas a penas de até 17 anos de cadeia. Aqui tem um tal de policial militar que já prendeu muito vagabundo. Duvido, ou raro, que prenderam que puxaram uma cana de 17 anos. Isso é uma maldade. Uma desumanidade. 

É algo que temos que entender, que se tivesse qualquer um de vocês em Brasília naquele dia 8 de janeiro, poderia agora estar preso e cumprindo uma dura pena. A Débora é o símbolo de todos nós. Mais Déboras nós temos em nossas famílias, Imagina o suplício da Débora. 

Os…acaba em três meses. Já está dois a zero para ela ser condenada a 14 anos de cadeia, assim como confirmadas as prisões hoje do pipoqueiro e do sorveteiro . Peço a Deus para estar errado. Só dois ministros votaram pela absolvição dessas pessoas. Os outros nove é por condenação.  Nove ministros votaram para condenar pessoas humildes a uma pena tão grave por um crime impossível. 

Quando fala de sítio  e defesa que eu queria dar o golpe em cima disso, o primeiro movimento para sítio e defesa é convocar Conselhos. Nenhum Conselho foi convocado. Então, nem ato preparatório houve. Vamos esperar o final disso. 

Mas, vamos continuar andando pelo nosso Brasil mostrando que o Brasil tem jeito. Mostrando as injustiças, mostrando aquilo que a linguagem lá de fora é conhecido como law fair, ou seja, o ativismo judicial para cassar a Direita como cassaram Le Pen na França. Como quiseram cassar o Trump nos Estados Unidos. Como cassaram o presidente da Romênia. Como Maduro fez na Venezuela, cassando seus opositores ou botando na cadeia como Maduro e em El Salvador todos os seus sete oponentes. 

Eleições 26 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia. É escancarar a ditadura do Brasil. Se o voto é a alma da democracia, a contagem pública do mesmo se faz necessária. 

Meus irmãos de todo o Brasil. 

Aqui, apesar do momento difícil, a gente consegue recarregar as baterias, se preparar para novas batalhas, mas com a certeza que a vitória virá. A todos vocês, meu muito obrigado por esse momento. Um abraço nos homens, um beijo nas mulheres. Que esse Brasil fantástico é de todos nós. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos! 

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NARCISO, FILHO DE FRED

08 de abril de 2025

O texto a seguir foi-me enviado por um dos meus irmãos, Jair Vasconcelos Filho. Somos dez ao todo. Narciso, um herói do território de Téspías, personagem da mitologia grega. Jair, compara-o ao Donald Trump, filho de Fred. O artigo está muito bom. 

Narciso era um jovem de beleza extraordinária, filho do deus Cefiso e da ninfa Liríope. Desde muito novo, todos que o viam se apaixonaram por ele, mas Narciso era arrogante e indiferente aos sentimentos alheios. Recusava o amor de todos.

A deusa Nêmesis (deusa da vingança) faz com que Narciso se apaixone pela própria imagem refletida na água de um lago. Incapaz de se afastar daquilo que tanto ama, ele definha contemplando o próprio reflexo, até morrer.

Dorian Gray, por sua vez, resolve o problema de Narciso com um pacto silencioso: ele se separa do reflexo. Sua beleza vive intocada, enquanto o retrato apodrece em segredo. Dorian dança entre salões e escândalos — sempre encantador, sempre jovem —, mas a alma, escondida na tela, grita a cada noite. Seu castigo não é a morte física, mas a divisão interior: o corpo no espelho e a alma no porão. O fim é inevitável: ao destruir o retrato, destrói a si mesmo.

Trump não ama o reflexo como Narciso, nem teme a verdade como Dorian Gray. Ele se tornou o próprio espelho. Exige do mundo que o reflita como ele se enxerga: infalível, grandioso, belo, poderoso. Seu narcisismo não é o da introspecção, mas o da projeção: se há dissonância entre ele e a imagem pública, não é ele quem deve mudar, é o mundo que está errado. Ao contrário de Dorian, Trump expõe seu retrato em outdoors, doura os espelhos e transforma o grotesco em estética.

A imagem de Trump funde-se com a imagem da América (“Make America Great Again”); o narcisismo de um líder pode se tornar o espelho de uma nação — mas o espelho sempre quebra.

Ao final da grande aventura trumpista, a América, certamente mais fraca, tentará apunhalar o feio retrato que lhe caberá diante do mundo. Mas, ao apunhalar a tela, estará, na verdade, apunhalando não só sua imagem, mas seus valores, suas crenças e sua reputação.

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DEMOCRACIA

Encerrada uma disputa eleitoral, proclamados os resultados, quem venceu governa; quem perdeu torna-se, imediatamente, oposição. Esse é o único meio pelo qual o voto pode garantir que a minoria seja considerada e que a maioria não se torne autoritária e tenha o poder de colocar-se acima de tudo e de todos. 

Mas há quem se proclame democrata aos quatro ventos e não se intimide ou se envergonhe de, logo que decidida a peleja, aboletar-se do outro lado, obtendo cargos, dinheiro e favores para renderem-se. Esses deixam a minoria desguarnecida dando vantagens à maioria a ponto de ela perder os escrúpulos e tornar-se tirana.  É o que temos no momento na política brasileira.

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A GENTE ANDA EM CÍRCULOS

As imagens vindas da Avenida Paulista, em São Paulo, mostraram uma multidão presente nas ruas a pedir anistia para quem cometeu ou, simplesmente, pareceu ter cometido crimes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.  Está claro que voltamos algumas casas na História recente do Brasil. Em 1964, houve um golpe de Estado e uma consequente ditadura. Para livrarem-se dos ditadores, uns cometeram crimes; para mantê-las, outros também cometeram crimes. De um lado, houve prisões, torturas, banimentos e mortes. Do outro, sequestros, bombas e também mortes. Para que fosse possível voltar à normalidade, um dos lados perdoou-se a si mesmo e aos inimigos.  A esse ato deu-se o nome de anistia. Passado algum tempo, um dos lados quis a revanche e tentou obtê-la com a chancela de Comissão da Verdade. Não vingou! 

Tivemos eleições. Lula estava preso. Jair Bolsonaro venceu. Tivemos eleições novamente, Lula foi solto e venceu Bolsonaro. Teremos, novamente, eleições para a Presidência da República e para o Congresso Nacional no próximo ano. Bolsonaro está inelegível. Estará preso? 

Está claro que, a persistirem os mesmos personagens, ainda que colocados no cenário com sinais invertidos – os que são governo hoje, na oposição amanhã e os que são oposição hoje, no governo amanhã, o espírito de revanche permanecerá. Quem será capaz de colocar um fim nisso? Difícil será encerrar o ciclo de revanches se um dos lados prevalecer. Seja Lula, seja Bolsonaro. Precisamos de um pacificador. Faz tanto tempo que estamos a rodar, que já somos um povo com sinais de tontura; de desequilíbrio. 

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AS ASAS DO THIAGO PAMPOLHA 

Um discurso que diz mais do que o orador gostaria de dizer é algo bem complicado. A função de um estrategista é analisar os discursos antes que eles aconteçam, para evitar desastres políticos. É o caso do discurso proferido pelo Vice-Governador Thiago Pampolha durante a semana, num Fórum patrocinado pela Associação de Negócios do Brasil. Vamos a ele. Reproduzo, ipsis literis, com todas as agressões à Língua Pátria, o que ouvi e do modo como ouvi: 

“A economia é um avião. A cabine do avião e a tripulação é o governo, que aponta de onde estamos decolando e para onde nós vamos pousar. A população, claro, a sociedade, são os passageiros. Nós, os empresários, somos os verdadeiros motores e turbinas dessa aeronave. Instrumentos necessários. Sem ela não é possível viajar. Então, nós temos que ter condições plenas de funcionamento para fazer um voo seguro. Agora, vocês imaginem só. Vocês têm um bom piloto, boa cabine, tripulação, tudo funcionando no aspecto do maquinário. A população segura, tranquila e quando você olha pela janela para ver a paisagem, você simplesmente se depara com a seguinte situação: Não tem asas. E você sabe o que é asa? Segurança Pública. É fundamental que haja Segurança Pública para que todo o resto funcione. Sem segurança, não tem desenvolvimento econômico e não tem desenvolvimento social…” 

Minhas considerações: Os eleitores andam entre escolher gente que representa a Esquerda e gente que representa a Direita. Onde se situa Thiago Pampolha? O discurso o posiciona à Esquerda, onde ficam os que entendem que o Estado tudo comanda, tudo pilota, enquanto resta à sociedade o papel de componentes de uma platéia. Thiago Pampolha também se posiciona num lugar onde a sociedade das pessoas comuns não têm espaço. Ele é governo e se coloca como empresário. 

A minha alegria é que ele, sob os olhares atentos de um Senador que julgo liberal, gente da Direita, inclui-se entre o grupo de tolos que é capaz de embarcar num avião sem perceber que ele não tem asas. Ou seja, gente capaz de votar numa chapa composta pelo orador e pelo Senador, sem saber, antecipadamente, se o avião pilotado por eles tem “asas” ou seja, um Estado incapaz de cumprir a única função que lhe cabe, aos olhos dos liberais, grupo que o Thiago Pampolha pensa compor.

Thiago Pampolha é Vice-Governador do Estado por decisão do Governador Cláudio Castro. Cláudio quis Washington Reis, mas a Justiça não! Então, Cláudio se contentou em convidar Thiago, que, certamente, por acreditar que a plateia do encontro fosse formada por gente que, para compreender o que é segurança pública, precisa de uma didática infantil.