Para onde olho vejo estratégia. A menina Greta Thunberg está nas páginas amarelas da VEJA. Em muitos pontos, vê-se alguns conceitos de estratégia, mas num caso específico ela está bem presente.
A pergunta da revista foi: “A síndrome de Asperger teve influência em sua decisão de se envolver na militância?”. Na resposta, ela mostra a transformação de uma ameaça ao projeto de vida dela, numa oportunidade:
“Meu diagnóstico faz de mim uma pessoa diferente. Em minha opinião, ser diferente é uma dádiva. Isso exerce um papel no meu interesse pelas questões da sustentabilidade. Parecia que ao meu redor ninguém queria saber das mudanças climáticas e da destruição. Isso me chamou a atenção. Quem tem Asperger possui um superfoco. Consegue se concentrar bastante em um tema. Posso passar horas, dias, fazendo apenas uma coisa. Direcionei minha dedicação a me sentar, ler, compreender. Se fosse igual aos outros, com maiores habilidades sociais, provavelmente, eu teria me organizado em uma associação, um movimento único, algo assim. Mas isso não é meu tipo de coisa porque não gosto de estar com outras pessoas e socializar. Então, decidi agir sozinha e, daí, surgiram as greves pelo clima. A partir dessa ação individual é que o assunto ganhou a atenção do mundo”.